Vamos celebrar o Dia do Scratch!

Acesse a página do Dia do Scratch

 

O tema da campanha no Dia do Scratch 2023 é o poema “As cem linguagens da criança”, de Loris Malaguzzi, criador da abordagem educacional das escolas Reggio Emilia. Vamos juntos explorar linguagens, mundos, sonhos, realidades e formas de expressão e transformação da sociedade refletindo sobre como as nossas ações contribuem para favorecer a pluralidade em um mundo de mais de 8 bilhões de pessoas com histórias, linguagens, características, ideias, culturas e pensamentos que compõem a humanidade do Planeta Terra. O poema nos instiga a explorar linguagens e a descobrir, inventar e sonhar um bilhão de mundos, a refletir sobre a criatividade e sobre como diferentes formas de pensar, jogar e de falar, escutar, maravilhar e amar podem nos levar a celebrar a computação criativa e a diversidade, valorizando as diferenças e favorecendo a inclusão, com ou sem tecnologia, em eventos presenciais ou remotos, com muito ou pouco espaço, com diferentes materiais, ideias, etnias, gêneros, idades, culturas e, principalmente, pessoas. A Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa (RBAC) convida toda a comunidade Scratch a imaginar, criar e compartilhar projetos pessoalmente relevantes que trabalhem temas relacionados à diversidade, equidade e inclusão nos mais diferentes espaços formais ou não-formais de educação, e até mesmo em casa. A Fundação Scratch celebrará o Dia do Scratch de 08 a 12 de maio, mas você pode celebrá-lo em maio ou em qualquer outro dia do mês ou do ano! Confira a versão completa do poema:

As cem linguagens da criança

A criança é feita de cem.
A criança tem cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar, de jogar e de falar.
Cem, sempre cem modos de escutar, de maravilhar e de amar.
Cem alegrias para cantar e compreender.
Cem mundos para descobrir.
Cem mundos para inventar.
Cem mundos para sonhar.
A criança tem cem linguagens (e depois cem, cem, cem), mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe: de pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça, de escutar e de não falar.
De compreender sem alegrias, de amar e de maravilhar-se só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe: de descobrir um mundo que já existe e, de cem, roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia, a ciência e a imaginação,
o céu e a terra, a razão e o sonho, são coisas que não estão juntas.
Dizem-lhe enfim: que as cem não existem.
A criança diz: Ao contrário, as cem existem.
Loris Malaguzzi